sábado, 30 de junho de 2012

FILHOS ORFÃOS DE PAIS VIVOS


Os filhos moram sob o mesmo teto, frequentam boas escolas, necessidades básicas supridas e tem acesso à tecnologia de comunicação, mas não aos pais.

"Crítico severo do modelo social em que vivemos, o argentino Sergio Sinay, terapeuta, palestrante e pesquisador dos vínculos humanos, sustenta neste livro a predominância atual de uma sociedade de filhos órfãos de pais vivos.

Para ele, não basta colocar um filho no mundo para ser pai ou mãe. Na sociedade atual, em que pais e mães vivem excessivamente atribulados, crianças e adolescentes carecem de orientação, referências, limites e valores que deem sentido às suas vidas.

O autor faz um chamado para que seja assumida a responsabilidade da educação dos filhos, tarefa que não cabe exclusivamente às escolas, muito menos às mídias, apresentando uma reflexão extremamente lúcida das consequências dessa omissão, como a violência crescente entre grupo de adolescentes, a obesidade infantil, números estarrecedores de dependentes menores de idade de álcool e outras drogas etc.

Esclarece ainda que o acesso à tv e à internet sem qualquer supervisão de pais que não filtram nem esclarecem mensagens de manipulação publicitária, puramente mercadocráticas, são alguns dos fatores responsáveis pelo desencadeamento dos males que cabe a pais e mães presentes e atentos estancar. 

Uma reflexão extremamente lúcida para orientar pais e mães a educarem melhor seus filhos em tempos tão difíceis."

Fonte: Livraria da Folha

domingo, 10 de junho de 2012

FALSOS INSTINTOS


I
O que fazer com o animal que acreditamos existir dentro de nós? E se ele vive mesmo dentro de todos nós − homens e mulheres − por que a fêmea é vista como a guardiã de todo o amor que existe no mundo enquanto o macho pode desfrutar do estilo mais desapegado, promíscuo e inconseqüente do qual se tem registro na história da humanidade?

Por que existe uma quantidade considerável de desculpas para todos os abusos e absurdos que o macho comete em relação a suas crias, enquanto as fêmeas que não reproduzem porque não podem ou não querem são vistas como aberrações da natureza?

Então cabe à fêmea a missão de procriar, sem exceção, além de alimentar, limpar, vigiar, cuidar, zelar, proteger e amar a sua criar não importa o que aconteça ou como ela se sinta − se é que sente mesmo alguma coisa − enquanto o macho pode fazer filhos a torto e a direito sem pensar? Pode fazê-los até mesmo à força, abandoná-los e seguir vivendo sem remorso ou punição?

Seriam eles, os machos, à prova de estigmas, de preconceito, de culpa e de responsabilidade?  E até quando os que estupram terão o instinto selvagem como desculpa para justificar o que não se justifica: a insanidade temporária que alegam fazê-los perder todos os sentidos, com exceção dos em volta do pênis, quando decidem que precisam transar?

II
E até quando nós, fêmeas, pararemos de usar o instinto materno como desculpa para continuarmos parindo filhos que não desejamos criar? 

Porque para quem os deseja, está tudo muito bem. Com sorte, a predisposição que lá já estava se transformará em amor ou conformação. Mas para quem sequer tem a curiosidade ou o mais remoto interesse pela reprodução e por tudo o que ela requer e representa, o fardo de se forçar a multiplicar é pesado demais para ser carregado nessa nossa vida, que é demasiado curta para ser desperdiçada com falsos instintos. 

Nicole Rodrigues

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Julia Child

Julie e Julia, as duas sem filhos, descobriram o prazer de viver colocando a mão na massa.







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